sábado, 14 de agosto de 2010



A educação deve preparar para a vida, deve integrar a recriação do significado das coisas, a cooperação, a discussão, a negociação e a solução de problemas. Para tanto, deve-se utilizar metodologias ativas que favoreçam a interação entre os alunos, a interação social e a capacidade de comunicar-se, de colaborar; a mudança de atitudes, o desenvolvimento do pensamento e a descoberta do prazer de aprender, ao mesmo tempo em que se incentivam atitudes de cooperação e solidariedade.
O professor atual tem que encorajar o trabalho em grupo e promover situações que favoreçam o pensamento autônomo, para que os aprendizes deixem de ser dependentes de qualquer autoridade acadêmica e possam, por eles mesmos, desenvolver habilidades e recursos próprios. Seu papel na aula deve ser o de intermediário entre o conhecimento e os estudantes, o incentivador e organizador das atividades da aula.
A escola começa a tomar consciência de que está sendo desafiada num processo de reformulação necessária para atender às exigências contemporâneas de uma educação de qualidade. Os alunos e os professores estão cientes que é obrigação da escola preparar os alunos para uma sociedade informatizada.
Neste contexto um blog é, pois um espaço de ensino interativo por excelência, um lugar de diálogo pessoal e coletivo, um espaço de liberdade. Os blogs fornecem um grande potencial como ferramenta no âmbito do ensino, já que podem adaptar-se a qualquer área, nível educativo e metodologia (LARA, 2005).

Algumas sugestões para a utilização dos blogs na escola

BLOG INFORMAÇÃO – Com assuntos e temas já definidos que serviriam para orientar ou facilitar as pesquisas. Poderiam conter textos, artigos e links para pesquisa. Por exemplo: queremos que nossos alunos ou professores saibam sobre webquest: Blog sobre Web Quest.
BLOG NOTÍCIAS – Trabalhar de acordo com as necessidades disciplinares, notícias ou reportagens que estão na mídia, disponibilizando os textos para que sejam feitos comentários.
BLOG JORNAL VIRTUAL – Publicação de um jornal virtual elaborado em conjunto pelos alunos, bimestral, semestral ou anual de sua escola, sala, etc... Um grupo de alunos pode ficar responsável por cada assunto ou o professor criar a medida que os fatos forem ocorrendo.
BLOG POESIA – Trabalhar com alunos, para que direcionem suas leituras, pesquisas, fontes de informações, reportagens, etc... em forma de poemas, poesias ou textos líricos apresentados em forma de blog.
BLOG AULA – Elaborar a aula e colocá-la em um blog para facilitar pesquisa e avaliação.
BLOG PROJETOS – Elaborar projetos e colocá-los no blog. Comentar as experiências e colocá-las nos links das tarefas e atividades executadas, que podem estar no ar no site da escola, por exemplo.
BLOG DIÁRIO – Elaboração de um diário referente ao processo de aulas, projetos, atividades, entre outros. Tanto para alunos como professores.
BLOG PESQUISA – Criar uma biblioteca virtual, de acordo com cada disciplina, para pesquisa de alunos e professores, por ex: Literatura (Modernismo), deixar no blog os temas e os sites que os alunos deverão pesquisar, para ganhar mais tempo no Laboratório e não permitir que os alunos entrem em outros sites, direcionando a pesquisa.

Os blogs por excelência:

• São excelentes ferramentas para a alfabetização digital já que permitem o contato com todos os elementos de um blog (blogroll, categorias, trackback,…)
• Integram diferentes níveis de redação e escrita, se forem usados como uma redação jornalística.
• Permitem valorizar novas formas de aprender, que alguns autores têm chamado ler-escrever.
• São ferramentas colaborativas assíncronas que potencializam a coesão do grupo e a interação professor-aluno.
• Permitem disponibilizar um espaço para fontes de pesquisa (webgrafias e bibliografias) da área de conhecimento.
• Facilitam à constante atualização de conteúdos através de agregadores (RSS/ATOM). Desta maneira, o professor pode ter acesso a todas as atualizações feitas pelos alunos.
Os weblogs são instrumentos de primeira linha para a avaliação formativa e contínua já que permitem avaliar:
• A redação e a qualidade da escrita hipertextual (links): capacidade de criar ligações, forma de redigir, de fazer comentários, etc.
• O nível de análise e crítica no tema tratado. Um dos elementos que deve ser avaliado é o grau de consciência crítica sobre a ciência e os fatos, assim como a capacidade de transformar a informação e os dados em conhecimento (GUTIÉRREZ, 2003).
• A capacidade do aluno de trabalhar em grupo e desenvolver estratégias de colaboração.
• A capacidade e a qualidade de postar ou colocar artigos na rede.

Na sala de aula, serve para registrar os conhecimentos adquiridos pela turma, durante os projetos de estudo, sendo possível enriquecer os relatos com links, fotos, ilustrações e sons; Os professores acompanham e orientam as pesquisas abrindo novos canais de comunicação e incentivando, com isso, o convívio e aprendizagem das tecnologias envolvidas, convidando os alunos para criarem juntos o blog da turma.
A educação escolar da era tecnológica oferece oportunidades a mais para compreender que as práticas de repetição, da reprodução e da memorização inexpressiva são opções inadequada e incompatíveis com a sociedade atual.

Os novos recursos tecnológicos da informática possibilitarão uma expansão significativa de acesso à educação escolar. O processo de virtualização da instituição escolar nos leva a reconstruir um nível diferenciado de compromisso ético, político e pedagógico.
Através dessa visão, o professor deve entender que a interação e a relação humana estará sempre presente, pois, o computador jamais irá substituir a agilidade e o potencial de um professor. A postura do docente requer ações diferenciadas em relação a outros instrumentos, a criatividade digital não da mesma natureza daquela produzida simplesmente com as mãos, por essa razão, o computador não é apenas um instrumento, pois, ele passa a condicionar formas diferentes de conhecimento.

A inclusão digital dos docentes vem ocorrendo, na maioria das vezes, por meio de cursos de capacitação, são cursos extremamente importantes e necessários para implantação da informática na escola, mas nem sempre são suficientes em termos de propiciar mudanças reais no contexto da prática dos docentes.

Aprendizagem Colaborativa